terça-feira, 15 de março de 2016

ponto final parágrafo

Vivemos a vida toda à espera de qualquer coisa. De alcançar este ou aquele objectivo, que os outros mudem em função de nós, do que queremos e do que esperamos que eles façam e sejam. Do que um dia vamos ter para conseguir chegar nem sabemos bem onde. Ou que apareça a pessoa XPTO que vai transformar o nosso modo de estar na vida.
Os dias passam, as horas, os meses, os minutos, tudo na máquina misturadora do mundo.
De há uns tempos para cá sinto mais revolta que aceitação, parece que o mundo à minha volta vai lentamente partindo, e eu não sinto que vá na direcção correcta. Porque é que isto não pára de andar, porque é que até parados estamos sempre a andar?
Há duas semanas atrás respondia que não era dia de aceitar, era de questionar, de chorar. Hoje, igual. Porque não há anúncio que chegue para a dor, para a tristeza. Nunca estamos preparados para a infelicidade, Mesmo que aparentemente existam sorrisos, conversas de circunstância, setenta mil intelectualizações porque todos os rios correm para o mar...
O tempo suficiente dará as ferramentas para ver os pontos positivos do dia de amanhã. Ou de depois de amanhã. Por agora, espero fazer ponto final parágrafo à dor, como quando era pequena e o ditado acabava de vez.

Fim.

Sem comentários: