quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

contra-ponto

largar os pedacinhos de nuvens foi a decisão mais difícil deste ano. o que mais me custou foi saber que tinha de ser, por mil e um motivos diferentes.
o que mais me entusiasmou foi perceber que para amarmos temos de ter sido amados, respeitados, reconhecidos - e aplicar isso à minha vida. foi pensar-me, conhecer-me, mais e melhor. foi ir ao encontro de mim, mesmo que nunca me consiga encontrar verdadeiramente. viajar dentro de mim foi a coisas mais alucinante do ano.
muitas coisas me fizeram feliz, muitas coisas me surpreenderam. muito me ri.
apaixonei-me.
dei muitas vezes os primeiros passos, dei os últimos também. disse os últimos adeus. disse que voltava e nunca voltei. combinei reencontros, levei pancada do mar e da vida...
fui a pessoa do mundo que mais chamadas viu não atendidas. tive as conversas mais profundas e as mais superficiais. vi uma pessoa mudar de vida e partilhá-lo comigo, e gostaria de ter feito o mesmo com ela. não fiz.
fui a pessoa mais e menos amada, por pessoas diferentes. senti-me nas nuvens, para começar, depois no inferno, depois nas nuvens para acabar.
conheci a pessoa que melhor me soube, por acaso, sempre.
ouvi muitas confidências, fiz outras tantas, e por último descobri que só confiam em mim se eu confiar nos outros. mas demorou muito tempo a chegar a esta conclusão, e perdi algumas noites com guerras parvas e sem sentido.
ficou muito por descobrir, por viver, e por fazer. por isso, até lá,

Volto já!

quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

aqueles tipos de pessoas

Eu sou daquele tipo de pessoas que constrói uma muralha à sua volta, isola-se do mundo, na esperança de que alguém - não é bem alguém, é alguém de entre uma lista de convidados especiais da minha vida - se digne a arranjar a estratégia de invadir o meu castelo. No entanto, eu sou daquele tipo de pessoas que (infelizmente) acaba por sentir que ninguém veio, e se ninguém atravessa o oceano para me vir buscar... Eu volto, não vão os outros embora sem mim!

O que, de resto, poderá estar relacionado com uma ausência total dessa característica que é o orgulho como parte essencial da minha personalidade.
Triste? Não, respeitem as diferenças! *risos* *risos* *risos*

domingo, 4 de dezembro de 2011

voltar a ser eu


Significa saltar sem saber o que é que está lá em baixo, e dar sem saber se irei receber o que quer que seja... Significa amar sem saber se existirá retorno, na esperança de que ele exista.
Ser eu significa acreditar em Deus, ou no karma, ou numa vida a seguir onde iremos ser recompensados pelo que fizemos de bom - pelo menos connosco, sabemos que fizemos o melhor que podíamos, pelo menos eu sei que tentei, sei que dei o meu melhor. E isso pode não bastar, mas é grande parte para me sentir bem comigo própria quando me sinto mal.
Ser eu significa ir mesmo quando tudo me diz que não devo ir, fazer mesmo quando sei que vai doer... Significa cair e levantar-me. Só isso.
Talvez ser eu seja o que faço de melhor na vida... E acho que isso não desaprendo!