domingo, 22 de novembro de 2015

amar

Volto à letra A para aprender a amar e a ser amada. 
Hoje falávamos da importância que é resolver as coisas cá dentro, as inseguranças, para viver com os outros sem sofrer tanto... Dos gordinhos, do bobo da corte, dos extrovertidos e divertidos que no fundo escondem, lá no fundo, grandes problemas e tristezas. Na vida, o que parece que é em muito, é sempre de desconfiar... Acredita.
 Não te expliquei que muito disso, que tiveste, é o que não consegues conceber que os outros não tiveram - amor, respeito, aceitação pela diferença de ideias, segurança... É bom poderes discutir sem nunca pôr em causa que a viagem chegou ao fim, porque sabes que o amor por ti é incondicional. Meu amor, é tão complicado explicar-te que não somos todos como tu, com os teus valores, com a tua educação... Ainda hoje tentava explicar e compreender como é que existem homens por aí dispostos a sacrificarem-se por uma ideologia, em que morrer e matar faz parte, mulheres dispostas a taparem a cara e renegarem a anos e anos de evolução pelos direitos das mulheres porque preferem ficar em casa a tomar conta das crianças e da casa, aprender a ler e pouco mais...
Proteger-te-ia deste mundo, se pudesse. Se não tivesse vontade de ser protegida de mim própria, antes destas questões todas da actualidade - a política, a economia, a sociedade, o mundo... Vem tudo numa lança apontada não a nós, mas ao nosso futuro.
Algures aqui, abraças-me. E por isso hoje, isso basta. 
Respiro mais, o ar verde e puro daqui. E anoitece tão rápido porquê?