quarta-feira, 25 de dezembro de 2013


Como eu gostava de ter braços que esticassem até aí, e te trouxessem até mim. Braços gigantes para te proteger do abandono e do desamor ("Sabes, os meus pais não queriam que eu nascesse.").
Aconchegar-te de noite, acordar com o teu vulto a perguntar por mim, dizer-te que não faz mal, que podes dormir mais um bocadinho. Fazer-te festinhas no cabelo e dar-te muitos beijinhos. Quem me dera ter um colo gigante, para te dar mimo e fazer-te esquecer todo o mal do passado. Mostrar-te que a vida nos reconstroi, que eu sou um mar calmo para navegar, te posso amar, respeitar e reconhecer como única.
Muitos dias tenho pensado como gostava de apagar as lágrimas do teu rosto, ter-te abraçado e ter-te roubado ao mundo a que estás destinada. Há dias em que tenho vontade de ter uma varinha mágica, mudar a minha vida, e a tua por acréscimo... Às vezes apetece-me pegar em ti e trazer-te para aqui, para o frio e húmido Oeste.