sexta-feira, 18 de outubro de 2013

aos 18 de Outubro de 2013,

Não posso esquecer que, de entre os milhões de coisas que a vida me trouxe (e ainda não levou), algures aqui encontrei alguém de quem sempre andei à procura, desde que era pequena e pedia à minha mãe mais um irmão - só mais um - para eu poder jogar à bola e ele poder brincar comigo às bonecas... Aquele irmão que me dá a mão, mesmo quando a vida parece estar toda a andar à roda, mesmo quando eu me sinto a andar à roda. E também me posso sentir uma felizarda pelo acaso do amor, por ter conhecido alguém que me ama e respeita e reconhece como diferente, e por ter em mãos o desafio de ultrapassar diferenças dia após dia. E por todos os cafés ao fim-de-semana, todos os risos, piadas sem sentido, conversas de quem tem de ir dormir cedo e fica a conversar no carro até ás tantas da manhã à porta de casa.
Foi neste ano que tive de me habituar a ir embora - e fui embora tantas vezes, vezes demais. Nunca a expressão da economia do amor, aprendida na faculdade e para mim vaga e longe, fez tanto sentido: quanto menos recebemos, menos vamos receber.