domingo, 7 de junho de 2015

do lado daqui...

Fecho os olhos e abraças-me com força.
Que quando estiver ansiosa tenho de pensar em cães ou gatos mortos. Eu sei que me fazes rir e que cuidas de mim como nunca ninguém o fez. Eu talvez te descuide como nunca ninguém o fez também, bebé de ouro dos teus... A tua vida é como um rio daqueles que vai desaguar ao mar, sem acidentes de percursos. Depois apareci eu!
Mexes-me no cabelo, que cheira tão bem, abraças-me muito e sei que queria estar mais perto do que isto. A distância é uma puta, li hoje numa qualquer página de Facebook. Leio tanto, vejo tanta coisa - e sabes, cada vez mais desencantada com as pessoas que me aparecem na vida. Cada vez a nossa natureza me espanta mais pela estupidez natural, que acredito ser infinita! Cada vez me fecho mais, quanto mais vejo - filme repetido na minha memória, pessoas boas são boas enquanto não se revelam más, pessoas más são más enquanto não surpreendem com coisas boas... Sorrio por estarmos longe disto, o nosso comboio vai lá à frente, longe desta confusão toda. Vai, não vai?
Perco-me nos teus olhos - peço-te o de sempre. Por instantes parece que estou num filme ("o filme!"), no final estou lá à tua espera, depois de tudo estar perdido por uns minutos, a vida tem um fim bom para todos nós, se não está tudo bem não é o fim - prometes?
Fico sempre com o coração apertado... Quando o lado daqui devia ser aí!