sexta-feira, 15 de novembro de 2013

Eu, Sofia

Te agradeço por seres tudo aquilo que levaria cem mil vidas a procurar. Por me teres dado a mão em todas as noites em que precisei. Por termos vivido como adolescentes inconscientes, por me teres visto a dormir e te teres preocupado como poucos se preocupariam. Por me dares a mão "como os irmãos". Por me fazeres rir quando tudo o resto está a ruir, por seres colo nos dias de choro e tristeza. Por seres tão "eu", por me ouvires e por me dizeres tudo aquilo que sou de mau, sem mentiras e meias-verdades. Por me magoares e me deixares magoar-te. Por poder ser agressiva e ciumenta e birrenta contigo "mesmo que não se justifique". Por me ensinares o amor, a 180º de rotação...
Porque, volto a repetir, podia palmilhar meio mundo e o outro inteiro, e tenho a certeza que os astros não se iriam unir para nos juntar desta forma. Porque tu és dia, e noite... És também, para mim, Vida. És um prolongamento da "menina que sonhava em sonhar", da "menina que persistia em persistir". E foste, e sempre serás, a pessoa que me disse que me faltava uma coisa: acreditar.
(E se te esqueceste, eu não!)
Eu, Sofia, te agradeço todos os conjuntos de 365 dias que me deste. O facto de teres tentado subir as muralhas da minha vida, teres chegado lá "fácil" e por teres lá ficado.
Obrigada, "meu" Júlio!