domingo, 18 de setembro de 2011

I don't know why you say goodbye, I say hello

Olho para vocês e somos iguais, de certa maneira. Por outro lado, existe uma enorme distância entre nós, e mesmo que eu finja que ela não existe, mais cedo ou mais tarde, ela está lá, e afasta-me de todos. Nunca poderei ser igual a vocês, porque a verdade é que para ser igual a vocês tinha de inventar uma forma de não ser eu, o que me é completamente impossível. E gosto de acreditar que vocês não são iguais a vocês, que existem fronteiras entre o que vocês são em conjunto e em separado... Um todo nunca se esgota numa parte, não é? Ou é uma parte que nunca se esgota num todo? Ou os dois?
Se calhar o meu lugar é sem lugar, é simplesmente a pairar por entre os vários vocês, sendo que eu sou uma entidade á parte, que não pertenço a nenhum grupo específico primeiro porque não me receberam, depois porque me receberam e eu percebi que não haviam pontos de ligação e depois porque me afastei de todos. Li ontem uma frase cliché que dizia que construímos muros à nossa volta não apenas para nos protegermos, mas para vermos quem é que se dá ao trabalho de os tentar subir para chegar até nós. E, dado o decorrer dos acontecimentos, os meus dedos de uma mão chegam e sobram - talvez não sobrem, na melhor das hipóteses! Mas no fim do dia, cabeça com almofada, digo para mim mesma "antes qualidade que quantidade"! E bem, o amor multiplica-se, mas o tempo divide-se...

Sem comentários: