domingo, 10 de julho de 2011

sonho de uma noite quente

Ontem veio-me uma imagem mental perfeita de como me sinto ultimamente:

Existe este mar, que parece calmo e frio, lá longe. Mas este mar, aparentemente calmo, tem muitas armadilhas. E eu consigo-me imaginar, a ser puxada para baixo, a desintegrar-me por baixo, embora aparentemente seja banhada pelo dourado do sol, esteja feliz e contente. Nas cores do pôr-do-sol sempre me senti especial, única, como se o sol quando se põe me pudesse revestir de uma unicidade e de uma magia que não consigo ter noutra parte do dia (nem ao amanhecer). Por baixo, a escuridão impera e aos poucos a corrente está a puxar-me para baixo. E eu não tento mudar a ordem das coisas, estou feliz mas ao mesmo tempo é como se gritasse com os olhos, mas ninguém vê. Sinto-me emudecer, apetece-me gritar mas não há ninguém que me consiga ouvir. E eu vou descendo, lentamente, suavemente, como o sol no horizonte.

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