terça-feira, 6 de janeiro de 2015

catorze

como é que podemos dizer que um ano foi mau? O dois mil e catorze não atentou pessoalmente contra mim, vistas bem as coisas até foi um ano de algumas vitórias e não me posso queixar, porque o tempo tem-me mostrado que o dia de amanhã pode ser sempre pior - dois mil e catorze, a sério que me levaste a réstia de esperança vindoura dos anos subsequentes? Misericórdia!

foi um ano de perdas, das grandes, médias e pequenas. sofrimento foi a palavra de ordem, em plano de fundo, sempre presente quase 24 sobre 24 horas. discuti mais do que a conta, chorei mais do que devia, não ri tanto como desejava e os abraços foram, na sua maioria, agridoces - está cientificamente comprovado que cerca de 50% sabiam a despedida! nem vou falar das mensagens e telefonemas desagradáveis para não deprimir já por aqui.
foi um ano de falhanços, pata na poça, pautado pelo mau gosto musical, pelos medos e ataques de pânico, noites sem dormir e manhãs em que apetecia ficar na cama. os fins-de-semana foram passados a dormir, na maioria das vezes. ou em transporte.
aprendi muito, e ficou tanto por fazer. aprendi a importância de ouvir antes de pensar na resposta a dar. e a desenrascar (como diz o meu mais que tudo, um homem enrascado é pior que uma mulher grávida.... o que quer que isso signifique).
recebi mais do que aquilo que dei - e quem semeia ventos, colhe tempestades.
olho para este novo ano com a urgência do quinze. este ano coloquei na mudança de ponteiros e de calendário a carga emocional da mudança - se vai resultar, só o tempo o dirá. 
por agora, sempre, na linha que separa a normalidade do resto - mas se 1 em cada 5 pessoas tem doença mental...


Sem comentários: