Tenho tido tantas saudades tuas.
Às vezes dou por mim no supermercado e lembro-me de ti, tenho vontade de te abraçar, de dizer qualquer coisa, de sentir o teu cabelo na minha cara e rir-me. De noite olho para o telemóvel (ainda sei o teu número de cor, sabias?) e penso em mandar mensagens, das mais agressivas às mais apaziguadoras, das mais ameaçadoras às mais humilhantes... Penso se pensarás em mim, onde estás, com quem... Às vezes fico com a sensação de que estás bem melhor, outras vezes sinto que se eu estivesse na tua vida as coisas teriam outra cor.
Tenho saudades de poder ter uma irmã mais nova, de poder contar os segredos mais segredos do mundo... De acordar e ver a tua cara, fazer gravações no telemóvel, arranjar-me contigo, sair contigo, conhecer pessoas estranhas contigo. Ficar bêbada contigo, ir correr, ir à praia e ficarmos até depois do sol se pôr. Do cheiro da tua casa, onde me sentia como se estivesse na casa que nunca tive.
Apareces muito na minha vida. E às vezes é uma tristeza imensa ver o que foi feito disto tudo, sinto um vazio tão grande que ninguém nunca mais preencheu... Sei que mesmo que envie uma mensagem as coisas nunca mais vão voltar ao mesmo, porque nunca voltam. Nunca voltaram e nunca vão voltar. Tu sempre foste uma borboleta que gostou de voar para longe, e eu um muito mau caçador. Tenho saudades, muitas saudades.
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